BORA INVESTIR, MERMÃO!

João Moura

4 de março de 2024

A principal bolsa de valores do Brasil é a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), que está localizada em São Paulo. A B3 é a fusão entre a BM&F Bovespa e a CETIP, e é responsável por grande parte das operações do mercado financeiro no país, incluindo a negociação de ações, contratos futuros, opções, entre outros ativos.
Há muito tempo vem-se tendo um burburinho no mercado financeiro de que o Mubadala Capital, fundo soberano dos Emirados Árabes, querem abrir uma bolsa de valores no Rio de Janeiro (Brasil) até o segundo semestre de 2025. Caso essa pretensão se concretize, a criação de uma nova bolsa de valores por parte da Mubadala Capital seria um desenvolvimento significativo no cenário financeiro brasileiro. Isso poderia potencialmente impactar a concorrência no mercado de capitais, trazendo novas oportunidades e desafios.

A ideia é que a Bolsa carioca concorra com a B3 de São Paulo — a única do país — e opere em todos os mercados, de ações a derivativos e câmbio.
A Bolsa do Rio (que foi criada há mais de 2 séculos – e está falida a mais de 30 anos) era a mais antiga do país, fundada em 1820, mas quebrou em 1989 e foi incorporada pela bolsa paulista no começo dos anos 2000.

Sobre a pretensão do fundo Mubadala Capital que é uma das divisões da Mubadala Investment Company, uma empresa de investimentos de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos e foi estabelecida para gerenciar uma variedade de investimentos, muitos dos quais estão fora dos setores tradicionais de petróleo e gás. A Mubadala Investment Company é uma empresa de investimentos soberanos, ou seja, é controlada pelo governo de Abu Dhabi. Ela tem uma carteira diversificada que abrange setores como energia, tecnologia, imóveis, indústria, saúde, entretenimento e muitos outros.

Para avaliar se a criação de uma nova bolsa de valores no Rio de Janeiro é uma boa ideia, é importante considerar vários fatores, tais como:

Necessidade do Mercado: Analisar se há uma demanda significativa por outra bolsa de valores, considerando a existência da já estabelecida no país.

Infraestrutura: Avaliar a infraestrutura disponível para garantir o bom funcionamento da bolsa, incluindo sistemas de negociação, tecnologia e regulamentação.

Apoio Institucional: Verificar se há apoio institucional e regulatório para a criação da nova bolsa, incluindo a participação de órgãos reguladores e a confiança do mercado.

Atratividade para Investidores: Analisar se a nova bolsa oferece diferenciais que possam atrair investidores, como novos instrumentos financeiros, maior eficiência operacional ou inovações tecnológicas.

Impacto Econômico: Considerar o possível impacto econômico da nova bolsa no cenário local, incluindo a criação de empregos, geração de receitas e contribuição para o desenvolvimento do mercado financeiro.

Riscos e Desafios: Identificar e avaliar os possíveis desafios e riscos associados à criação da nova bolsa, como a competição com bolsas já estabelecidas, volatilidade do mercado e questões regulatórias.

É essencial que haja uma análise cuidadosa de todos esses aspectos antes de se determinar se a criação de uma nova bolsa de valores no Rio de Janeiro é uma boa ideia.

Caso a Bolsa do Rio retornasse, o que mudaria? Na prática, empresas teriam mais uma opção para oferecer ações e os investidores ganhariam uma alternativa para negociar em mais de um mercado.
É comum que um país tenha mais de uma bolsa. Nos EUA, por exemplo, são três. A NYSE (empresas mais valiosas do mundo), a Nasdaq (tecnologia) e a CME (voltada aos derivativos).

No mais, teríamos uma bela concorrência entre os Faria limers X Lebloners e um chamado: BORA INVESTIR, MERMÃO!