A Polarização no Cenário Político dos EUA continua; e agora?
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de 81 anos, desistiu da sua campanha de reeleição no domingo (21), depois de uma crescente desconfiança sobre a sua acuidade mental ele cedeu à pressão. O que acontece daqui para frente?!
Em comunicado via redes sociais, Biden disse que permanecerá em seu papel como presidente e comandante-chefe até o final de seu mandato em janeiro de 2025 e se dirigirá à nação para confirmar e esclarecer sua decisão de não mais concorrer à reeleição à Casa Branca.
Biden também anunciou apoio à candidatura da vice-presidente, Kamala Harris, como cabeça da chapa pelo partido Democrata.
O cenário político dos Estados Unidos tem sido marcado por uma polarização crescente, particularmente evidente desde as eleições presidenciais de 2020 entre Joe Biden e Donald Trump. Esta divisão não só persiste até hoje, como parece estar se aprofundando, influenciando a forma como os americanos percebem a política, a sociedade e o futuro do país. É importante que analisemos criticamente essa polarização, suas raízes, implicações e possíveis caminhos para o futuro do povo americano.
A polarização política nos EUA não é um fenômeno novo, mas a intensidade com que se manifestou nas eleições de 2020 foi sem precedentes. A campanha de Donald Trump foi marcada por um estilo combativo e populista, que mobilizou uma base de apoio fiel, mas também gerou profunda animosidade entre seus opositores. Trump apostou em uma retórica nacionalista, de "América Primeiro", e em uma comunicação direta e muitas vezes polarizadora via redes sociais. Sua administração foi marcada por controvérsias, desde a gestão da pandemia de COVID-19 até as relações internacionais e questões raciais.
Joe Biden, por outro lado, apresentou-se como o candidato da unidade e da moderação. Sua campanha focou na promessa de restaurar a "alma da América", buscando apaziguar as divisões e retomar um estilo mais tradicional de governança. No entanto, a vitória de Biden – em 2020 -, longe de pacificar o cenário, expôs ainda mais as fissuras existentes. A recusa de Trump em aceitar os resultados das eleições e os eventos do 6 de janeiro de 2021, com a invasão do Capitólio, sublinharam a profundidade da crise democrática que os EUA enfrentam.
A polarização tem raízes profundas. Fatores econômicos, culturais e midiáticos desempenham papéis cruciais. A desigualdade econômica crescente e a percepção de perda de status entre determinados grupos sociais alimentam ressentimentos. Culturalmente, questões como direitos civis, imigração e identidade de gênero tornaram-se pontos de contenda. Na mídia, a fragmentação e a proliferação de canais de notícias partidários e redes sociais criaram ecossistemas informativos paralelos, onde verdades alternativas prosperam.
A continuidade e o aprofundamento da polarização no cenário político dos EUA representam um desafio significativo para a democracia americana. A figura de Donald Trump, mesmo fora da Casa Branca, continuou a influenciar a política nacional, enquanto Joe Biden lutou para implementar sua agenda em um ambiente altamente dividido. O futuro é incerto, mas uma coisa é clara: para superar a polarização, será necessário um esforço concertado de líderes políticos, mídia e sociedade civil para promover o diálogo e a reconciliação.
Mesmo que a presidência dos EUA, tendo Joe Biden como condutor desde 2020, e tenha sido marcada por conquistas significativas e desafios notáveis, ele enfrentou uma pressão crescente dentro de seu próprio partido, o Democratas, para que saisse da disputa devido a sua capacidade cognitiva ter sido posta em prova para disputar as eleições (e governar). Porém, sem um compromisso sério com a inclusão social e o respeito às instituições democráticas, a polarização continuará a minar a estabilidade e a coesão dos Estados Unidos. O caminho para a frente não será fácil, mas é imperativo que se busquem soluções que transcendam a retórica divisiva e fomentem um senso renovado de propósito comum. A composição e dinâmica do círculo íntimo de Kamala Harris desempenhará um papel crucial em seu atual dilema de concorrer à presidência do EUA. O Partido Democrata, parece não saber lidar muito bem com a difícil decisão de apoiar seu presidente ou pressionar por um novo candidato.
Em sua fala aos seus colegas Democratas, Joe Biden disse: “decidi não aceitar a nomeação para concorrer a reeleição e concentrar todas as minhas energias nas minhas funções como Presidente durante o resto do meu mandato. Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano. Democratas – é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer isso?!”
Em tempo: até a publicação dessa análise, Kamala Harris já tinha ganho o apoio de mais de 2000 delegados democratas em corrida contra Trump. O nome de Kamala Harris vem ganhando força em um cenário de embate contra o ex-presidente Donald Trump e ela deve ser confirmada em agosto como candidata dos democratas, durante a convenção do partido. Vamos acompanhando e observando o cenário até o desfecho final.
DESASTRES CLIMÁTICOS
GOVERNANTES DESPREPARADOS GERAM DESMATAMENTO E MÁ URBANIZAÇÃO QUE ACENTUAM TRAGÉDIAS
As inundações no estado do Rio Grande do Sul lançaram uma luz intensa sobre os crescentes desafios enfrentados pelas comunidades locais devido aos desastres climáticos. Nos últimos anos, a região tem sido palco de eventos extremos de precipitação, levando a inundações generalizadas que afetam áreas urbanas e rurais, causando danos materiais significativos e impactando a vida de milhares de pessoas. As inundações não apenas destacam a vulnerabilidade das infraestruturas locais diante das mudanças climáticas, mas também ressaltam a necessidade urgente de medidas de adaptação e mitigação para enfrentar essa realidade cada vez mais frequente.
Analisando essas inundações no contexto mais amplo dos desastres climáticos revela-se uma narrativa preocupante, cuja intensidade e frequência de eventos climáticos extremos, como chuvas torrenciais e tempestades, por sua vez, desencadeiam inundações em áreas propensas – caso não só da região sul brasileira. Além disso, o desmatamento e a urbanização desordenada contribuem para o agravamento desses impactos, comprometendo a capacidade natural do ambiente de absorver e drenar a água, e aumentando os riscos para as populações locais.
Para lidar de forma eficaz com o desafio das inundações e outros desastres climáticos, é crucial uma resposta coordenada e abrangente. Isso inclui investimentos em infraestrutura resiliente, planejamento urbano sustentável, sistemas de alerta precoce eficazes e políticas de gestão de riscos adaptadas às realidades locais. Além disso, é essencial promover a conscientização pública sobre a importância da adaptação às mudanças climáticas e da proteção dos ecossistemas naturais como parte integrante da estratégia de enfrentamento desses desafios.
O aumento da frequência e intensidade dos desastres climáticos é uma preocupação global que demanda uma investigação aprofundada. Nos últimos anos, eventos extremos como furacões, incêndios florestais e inundações têm causado devastação em várias partes do mundo, deixando um rastro de destruição e impactando milhões de vidas. Esses desastres não apenas representam uma ameaça imediata à segurança e ao bem-estar das comunidades afetadas, mas também levantam questões sobre as causas subjacentes, incluindo a mudança climática e a falta de preparação adequada por parte das autoridades.
Uma análise aprofundada desses desastres climáticos revela uma interconexão complexa de fatores. Embora a mudança climática seja reconhecida como um impulsionador significativo desses eventos extremos, também é importante considerar outros elementos, como o desmatamento, a urbanização descontrolada e a infraestrutura inadequada. Além disso, a resposta e a capacidade de recuperação das comunidades afetadas desempenham um papel crucial na mitigação do impacto desses desastres e na redução de suas consequências a longo prazo.
Para enfrentar efetivamente a crise dos desastres climáticos, é imperativo adotar uma abordagem holística que inclua medidas de mitigação, adaptação e prevenção. Isso requer uma colaboração coordenada entre governos, organizações internacionais, setor privado e sociedade civil, além de investimentos significativos em pesquisa científica e tecnológica e, através de uma abordagem integrada e sustentável, podemos esperar lidar com os desafios crescentes apresentados pelos desastres climáticos e proteger as comunidades vulneráveis em todo o mundo.
No caso do desastre no sul do Brasil, será somente através de uma abordagem holística e colaborativa, podemos esperar mitigar os impactos dos desastres climáticos e proteger as comunidades vulneráveis no Rio Grande do Sul e além.
DESAFIOS E ESPERANÇA PARA O BRASIL
ILUSÃO E FICÇÃO
A REALIDADE BRASILEIRA VIVE ENTRE DESAFIO E ESPERANÇA
O Brasil, terra de contrastes e diversidade, continua a desafiar as expectativas enquanto enfrenta uma série de complexidades e oportunidades. Nos últimos anos, o país tem passado por transformações significativas em sua paisagem social, política e econômica. Neste artigo, mergulhamos na realidade brasileira atual, destacando tanto os desafios persistentes quanto as esperanças renovadas que moldam o cenário nacional.
A desigualdade social permanece como uma das questões mais urgentes enfrentadas pelo Brasil. Embora tenha havido avanços em termos de redução da pobreza e da desigualdade de renda, ainda há milhões de brasileiros lutando para ter acesso a serviços básicos, educação de qualidade e oportunidades de emprego dignas. A pandemia de Covid-19 exacerbou ainda mais essas disparidades, destacando a necessidade premente de políticas públicas eficazes e um compromisso renovado com a inclusão social.
Além disso, o país enfrenta desafios significativos em sua economia. A alta taxa de desemprego, a inflação persistente e a instabilidade política têm contribuído para um ambiente de incerteza para muitos brasileiros. A falta de investimentos em infraestrutura, educação e inovação também tem limitado o potencial de crescimento econômico do país, criando obstáculos para o desenvolvimento sustentável a longo prazo.
O cenário político brasileiro continua a ser marcado por divisões profundas e uma polarização intensa. Disputas partidárias, escândalos de corrupção e a erosão da confiança nas instituições democráticas têm minado a estabilidade política do país. No entanto, apesar dos desafios, a democracia brasileira permanece resiliente, com uma sociedade civil vibrante e um compromisso crescente com a participação cívica.
As eleições recentes têm refletido o desejo dos brasileiros por mudança e renovação. Os eleitores têm buscado líderes que prometam transparência, prestação de contas e soluções concretas para os problemas enfrentados pelo país. No entanto, a jornada rumo a uma governança mais eficaz e responsável continua a ser um trabalho em andamento, com muitos obstáculos a superar.
Apesar dos desafios, há razões para otimismo no horizonte brasileiro. O país possui uma base sólida de recursos naturais, uma população talentosa com um espírito empreendedor vibrante. Além disso, o Brasil tem o potencial de se tornar uma potência global em áreas como tecnologia, agricultura sustentável e energia renovável.
A crescente conscientização sobre questões ambientais e sociais também está impulsionando a inovação e a mudança positiva em todo o país. Iniciativas de base, empresas socialmente responsáveis e parcerias público-privadas estão ajudando a enfrentar alguns dos desafios mais prementes enfrentados pelo Brasil, desde a proteção da Amazônia até a promoção da inclusão social e econômica.
O Brasil está em um momento crucial de sua história, enfrentando uma encruzilhada de desafios e oportunidades. Enquanto o país navega por águas turbulentas, é essencial manter um compromisso com os valores democráticos, a justiça social e o desenvolvimento sustentável. Com determinação, liderança visionária e colaboração, o Brasil pode transformar seus desafios em oportunidades e construir um futuro mais próspero e equitativo para todos os seus cidadãos.
Partidos Políticos: Podridão antes do amadurecimento
PARTIDOS GERMINAM MAS APODRECEM ANTES DE FLORIR UMA BANCADA.
SÓ PENSAM NELES.
A existência efêmera dos partidos políticos que apodrecem antes de amadurecerem está aumentando no espectro político brasileiro. Parlamentares também estão nessa prateleira de ativos podres. Tanto que, nos corredores que cortam o mundo político, surgem e desaparecem partidos como folhas ao vento, alguns mal tendo a chance de florescer antes de começarem a murchar. Essa efemeridade na existência das legendas é uma realidade intrigante e muitas vezes frustrante para os observadores políticos e cidadãos preocupados com os rumos que a política vem tomando ultimamente.
Recentemente tivemos a fusão de dois partidos – PTB e PATRIOTAS – que não conseguiram superar a cláusula de barreira imposta pela Justiça Eleitoral. Da fusão, surgiu o PRD. É uma cena comum: um novo partido surge com grande fanfarra, prometendo mudança, inovação e uma abordagem para os problemas que afligem a sociedade. No entanto, antes mesmo de suas raízes terem a chance de se firmar no solo político, a agremiação partidária começa a mostrar sinais de decadência – é só conferir a votação sobre a manutenção (ou não) da prisão do deputado Chiquinho Brazão.
O que leva à podridão prematura desses partidos políticos? Uma série de fatores pode contribuir para esse fenômeno lamentável. Em muitos casos, a falta de coesão interna e liderança fraca desempenham um papel fundamental. Sem uma visão clara ou estratégia unificadora, os membros do partido se veem divididos por conflitos internos e rivalidades pessoais, minando assim qualquer chance de progresso significativo.
Além disso, a falta de recursos financeiros e apoio popular também podem condenar um partido político ao fracasso antes mesmo de ter a chance de competir em uma eleição. Sem financiamento adequado ou uma base sólida de eleitores, os partidos políticos novatos lutam para ganhar tração e enfrentam uma batalha íngreme contra as forças estabelecidas.
Mas talvez o fator mais preocupante seja a corrupção e a falta de integridade que permeiam alguns desses partidos. Em vez de servir aos interesses do povo, são frequentemente dominados por políticos ambiciosos que visam apenas seus próprios ganhos pessoais. Esquemas de corrupção, suborno e nepotismo corroem as estruturas internas das legendas, sepultando qualquer esperança de progresso genuíno.
Então, o que pode ser feito para evitar a podridão precoce dos partidos políticos? Uma maior transparência, prestação de contas e participação cívica são essenciais para manter os partidos políticos honestos e responsáveis perante o público. Além disso, é crucial cultivar uma cultura política que valorize a integridade, o compromisso com o bem comum e o serviço público genuíno.
A existência efêmera dos partidos políticos que apodrecem antes de amadurecerem é um lembrete contundente dos desafios e complexidades da política moderna. Somente através do compromisso contínuo com os valores democráticos e a governança responsável podemos esperar construir partidos políticos que resistam ao teste do tempo e sirvam verdadeiramente aos interesses da sociedade.
ENCRUZILHADA MORAL
REALIDADE e EXISTÊNCIA X MUNDO PARALELO
Após o atropelamento sofrido nas urnas, uma questão inevitável passou a macetar o modelo bolsonarista de fazer política: não ficar parado e permanecer a favor do vento que soprava e alienava multidões. Virou tempestade, a ponto de terroristas invadirem e depredarem a Praça dos 3 Poderes em Brasília. Foi ali que os líderes daquele esquadrão de loucos viram a oportunidade de transformar um problema em uma oportunidade.
Ao fazer convocações para atos com seus apoiadores, o ex-presidente Bolsonaro não deixa seu falecido desgoverno descansar em paz. Mesmo já estando inelegível até 2030, ele busca exercer seu poder de manipulação. Seu aliado de sempre – de comícios pró-ataque ao Estado Democrático – é o pastor Silas Malafaia – que diz ser o ministro Moraes seu alvo, e não o STF.
Acontece que um é pastor imbricado e o outro um ex-presidente desnorteado. Ambos formam uma dupla que vem querendo aparvalhar o Brasil. E junto com Michelle, dizem que vieram ‘para implantar o reino de Deus na Terra’. A tiracolo, o reforço de Elon Musk.
Se o reino de Deus na Terra é isso – retratado nas falas dos atores do ato no palanque das narrativas fakes – imagino o que será o inferno. Aliás, não precisa imaginar, já o vivemos de 2019 a 2022. O certo é que a maioria de nós não vê o abismo até cair nele.
Está na hora de se adotar uma nova maneira de olhar para o que nos rodeia e o que temos em mãos, a começar pela Constituição de 1988. As democracias funcionam quando o Direito e a Constituição não são controlados por quem detém o poder político. Constituições são esperanças de futuro, e a nossa, sem dúvida, ‘é a melhor do mundo’.
Fora da Constituição não há salvação para a democracia brasileira. Só dilemas morais, poder e manipulação. Em muitos casos, os dilemas morais envolvem um conflito entre o que é certo e o que é conveniente, colocando os indivíduos em uma encruzilhada moral onde não há uma resposta claramente correta. Essas situações desafiam não apenas a capacidade de raciocínio ético, mas também a integridade e o caráter das pessoas envolvidas.
Os dilemas morais são uma parte inevitável da vida humana; estão presentes em todas as esferas da sociedade, desde questões pessoais até decisões de políticas públicas. Lidar com essas situações requer reflexão cuidadosa, consideração das consequências de longo prazo e, às vezes, coragem para fazer o que é moralmente certo, mesmo que seja difícil ou impopular.
É através do enfrentamento e da resolução desses dilemas que os indivíduos podem desenvolver e fortalecer seu caráter moral e contribuir para uma sociedade mais justa e ética.
Mas, como se defender de pessoas manipuladoras? A manipulação pode ocorrer em diversas formas de relacionamento, desde o ambiente de trabalho até os relacionamentos pessoais e políticos. Pode mesmo ser difícil de detectar, especialmente quando é feita de forma habilidosa e dissimulada.
Quando o poder é exercido de maneira abusiva ou manipulativa, pode resultar em danos emocionais, psicológicos e sociais para o alvo dessa manipulação. Ou seja, não há possibilidade de reino de Deus na Terra com mentiras e manipulações.
A manipulação envolve o uso intencional e muitas vezes sutil de táticas persuasivas para influenciar o comportamento, as emoções ou as decisões de outras pessoas em benefício próprio, muitas vezes às custas do bem-estar dos outros. Isso pode incluir o uso de mentiras, distorções da verdade, chantagem emocional, flerte com sentimento de culpa ou medo, entre outras estratégias.
Indivíduos podem desenvolver e fortalecer seu caráter moral e contribuir para uma sociedade mais justa e ética. Isso, porém, claramente não é o caso dessa dupla e seus asseclas. Bolsonaro trabalha na subversão; ele trabalha na deterioração dos poderes da República. Ele trabalha na ideia de fazer com que as pessoas não acreditem nos poderes constitucionais. Com essa prática não há nenhum reino celestial que se estabeleça.
No vácuo existencial de Bolsonaro, Malafaia e Michele, muitos se deixam manipular pelas suas invencionices acerca de quem está a serviço (e em defesa) da Constituição e se posicionando como guardiões do Estado Democrático de Direito. Não acredita? É só observar os comícios promovidos por esse trio, especificamente os mais recentes – repletos de histórias aleatórias, improváveis e inconsequentes.
Os problemas do Brasil não são causados pela Constituição, pelo STF, mas sim por falsos líderes, falsos profetas. Por irresponsáveis e mentirosos. Precisamos encontrar maneiras de superar nossa resistência natural àquilo que não queremos ouvir ou crer. Não devemos falhar na vigilância e resposta à doença chamada ditadura, seja ela qual for.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO TEM LIMITE
Musk e Bolsonaro estão tramando juntos
INCONFIDÊNCIA AQUECE DEBATE SOBRE REMOÇÃO DE PERFIS NAS REDES SOCIAIS
O domingo, 21 de abril, é dia de homenagear Joaquim José da Silva Xavier, nosso Tiradentes, ícone e herói da Inconfidência Mineira, executado em 1792. Inconfidente. Adjetivo. Aquele que revela os segredos confiados, especialmente do Estado. Que não é digno de confiança; que age traiçoeiramente; desleal.
Tiradentes, dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político nascido no Brasil colônia portuguesa. Ele atuou nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Lê-se agora a notícia de que uma comissão do Congresso americano publicou uma série de decisões do Poder Judiciário brasileiro, sobre a suspensão ou remoção de perfis nas redes sociais. São documentos obtidos por meio de uma intimação feita ao dono do X (antigo twitter) Elon Musk.
Por ser mais que bilionário, Musk, mais um bolsominion com sotaque inglês, acredita estar em condições de um embate público e direto com o Supremo Tribunal Federal. Ele mira nesses ataques de histeria, especificamente, o ministro Alexandre de Moraes, suposto desafeto (termo que não faz parte do vocabulário de juristas) do seu ídolo bumerangue Jair Bolsonaro.
Elon Musk gosta de blefar. Fanfarrão que é, prometeu que publicaria ordens do ministro que, segundo ele, “violam as leis brasileiras”. Ora, vejam: Musk é um exímio conhecedor das leis brasileiras? Assim, de repente?!
Ocorre que a comissão americana é presidida por Jim Jordan, parlamentar republicano fortemente ligado a Donald Trump e que idolatra o bolsonarismo. Bastou Jim Jordan dizer que está investigando o embate entre Xandão e Musk, para que o ex-presidente Bolsonaro fosse às redes sociais convocar seus apoiadores de plantão para um ato em defesa da liberdade de expressão. Se tudo corre como o figurino, acontecerá no feriado nacional de 21 de abril, no Rio de Janeiro.
Na convocação dos seus apoiadores, o ex-presidente, que fugiu do país para não ser obrigado a passar a faixa presidencial ao seu verdugo Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro afirma que o mundo está tomando conhecimento das ameaças à liberdade de expressão no Brasil, e sugere que o país está “perto de uma ditadura”.
Seria o Brasil ainda uma colônia portuguesa e Bolsonaro o inconfidente? Ainda bem que não somos mais uma colônia portuguesa, mas temos bananas e… inconfidentes!
Para os que não sabem, a liberdade de expressão é um princípio fundamental que garante o direito de as pessoas expressarem suas opiniões e ideias sem censura ou retaliação por parte do governo ou de outros poderes. Esse direito é vital para o funcionamento saudável de uma sociedade democrática, permitindo o livre debate de ideias, a expressão artística, o jornalismo investigativo e a crítica política.
No entanto, a liberdade de expressão não é absoluta e pode ter limitações em certas circunstâncias, como quando é usada para incitar violência, disseminar discurso de ódio, difamar ou violar a privacidade de outras pessoas – como ocorre costumeiramente nas redes sociais.
As inconfidências não são surpresas aleatórias, mas acontecem após uma série de avisos e evidências visíveis, como as que ocorreram na praça dos Três Poderes, em Brasília, no 8 de janeiro de 2023. As consequências não foram devastadoras graças às instituições que fazem a guarda da Constituição Brasileira, que agiram com eficácia contra quem intentou contra a democracia.
O equilíbrio entre a liberdade de expressão e outros direitos, muitas vezes é tema de debate e deliberação em sociedades democráticas. Por isso, não tenha medo de questionar o que as pessoas de sempre estão dizendo. Esteja atento ao pensamento de grupo e seja firme contra ele. É certo que a intuição e a razão são especialmente responsáveis por nos enganar quando estamos eufóricos ou deprimidos.
Levante-se! E veja.
MARIELLE, OS ALFAS E OS BETAS - PARLAMENTARES PREFEREM TOMAR DECISÕES COM ARGILA MOLE
Trabalhando na argila mole, a política busca construir a forma se pautando pelo suprimento das necessidades. Algo como alfa e beta fazendo viver além do conflito constante entre a satisfação e a frustração.
Trabalhar na “argila mole” implica ser maleável e receptivo a diferentes direções ou exigências, em vez de aderir rigidamente a um plano ou método específico.
A política está relacionada com aquilo que diz respeito ao bem público, à vida em comum, às regras, leis e normas de conduta dessa vida, nesse espaço, e, sobretudo, ao ato de decisão que afetará todas essas questões. Em suma, a política foi criada para regular os conflitos.
Como disse Aristóteles, política é essencialmente associada à moral. Isto porque a finalidade última do Estado é a virtude, ou seja, a formação moral das pessoas e o conjunto de meios necessários para que isso ocorra. Outros a definem como conhecimento ou estudo das relações de regularidade e concordância dos fatos com os motivos que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre os Estados.
Cientes de que o mundo não se muda do dia para a noite, mas pela continuidade das aspirações através das gerações, não podemos nos apegar ao fruto de nossas ações, nem tampouco nos abalarmos com as eventuais frustrações, porque ao suprirmos as necessidades grupais, a continuidade é garantida. Somente experimentaremos liberdade quando nos aventurarmos para além da coreografia de satisfação e frustações de nossos desejos individuais.
Vamos a um exemplo recente: deputados federais decidiram manter a prisão do colega Chiquinho Brazão, com a maior parte dos parlamentares trabalhando na argila mole; uma outra parte tentou fazer algo que fosse beta; já uma parte considerável buscou fazer algo que fosse alfa.
Foram 277 votos favoráveis à prisão de Chiquinho Brazão, suspeito de mandar matar a vereadora Marielle Franco e de obstruir as investigações sobre o caso; outros 129 parlamentares foram contrários à prisão. As abstenções somaram 28 e os ausentes, 79, com quórum total de 435 parlamentares presentes na votação. Somados, os votos contrários, abstenções e faltosos, temos 226 parlamentares que, por algum motivo, não aceitavam a prisão do suspeito.
O que mais impressionou nessa votação foi a quantidade de votos contrários à prisão de Chiquinho Brazão, que incluíam parlamentares que, antes do nome próprio vem a patente do cargo, conhecidos por “coronel”, “delegado” – figuras que, pela estirpe da patente e da função, deveriam exibir autoconfiança, determinação e firmeza em suas ações e decisões.
Não foi o que se vivenciou naquele dia no plenário da Câmara. A maior bancada pertence ao PL – são 95 deputados. Desses, 71 votaram contra a prisão.
Literalmente, trabalhando com argila mole. Isso se refere ao processo de moldar e esculpir objetos usando argila que ainda está úmida e maleável. Mas, nesse contexto, “trabalhar na argila mole” descreve a ação física de manipular o material para criar formas desejadas. E foi isso que as forças políticas que se julgam “fazer algo que fosse alfa”, ou seja, considerada superior, dominante ou altamente eficaz em relação a outras alternativas.
O termo “alfa” é frequentemente associado a características de liderança, excelência e supremacia. Nitidamente não é o caso dos integrantes do PL, salvo raríssimas exceções – justamente os 7 que se opuseram a orientação da legenda nesse fatídico e marcante dia de votação no parlamento brasileiro. Nada mais que o essencial, muito menos que o esperado!
Por isso existem os alfas. E os betas.
OS IMPACTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS DE UMA SELIC ELEVADA
A taxa básica de juros da economia brasileira é conhecida como Selic. Ela influencia outras taxas de juros do país, como taxas de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. A definição da taxa Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação.
Os impactos sociais e econômicos de uma Selic elevada podem levar a uma desaceleração econômica, com queda na produção e no emprego, afetando negativamente a renda das famílias.
Uma das medidas mais comuns utilizadas no combate ao aumento da inflação é o aumento das taxas de juros pelo Banco Central. Esse aumento tem como objetivo reduzir o crédito disponível, diminuindo o poder de compra dos consumidores e, consequentemente, controlando os preços e o custo de vida.
Muitas vezes, essas medidas adotadas pelo governo – diante de uma taxa Selic elevada, trazem consigo, impactos sociais e econômicos que, além de tudo a diminuição e/ou o aumento da oferta e da demanda de determinado produto. Na maioria das vezes levando a uma queda na qualidade de vida da população que mais necessita de uma economia com seus motores propulsores girando em modo turbo.
Uma taxa Selic elevada tem uma série de impactos tanto sociais quanto econômicos. Em termos econômicos, uma Selic alta aumenta os custos de empréstimos e financiamentos para empresas e consumidores, desestimulando o investimento e o consumo. Isso pode levar a uma desaceleração econômica, com queda na produção e no emprego, afetando negativamente a renda das famílias.
Socialmente, os efeitos podem ser sentidos de diversas maneiras. Por exemplo, a Selic alta tende a encarecer o crédito, o que pode dificultar o acesso ao financiamento para a compra de bens de consumo duráveis, como carros e imóveis, principalmente para as camadas de renda mais baixas da população. Além disso, o aumento do desemprego resultante de uma economia desacelerada pode gerar tensões sociais, aumentando a desigualdade e a vulnerabilidade social.
Uma taxa Selic elevada também pode influenciar o comportamento dos investidores, incentivando a migração de recursos para investimentos de renda fixa, considerados mais seguros em momentos de incerteza econômica. Isso pode reduzir o fluxo de investimentos em setores produtivos da economia, prejudicando o crescimento de longo prazo e a inovação. E, ainda, uma Selic alta pode agravar os desafios sociais e econômicos enfrentados pelo país, exigindo uma gestão cuidadosa da política monetária para mitigar seus impactos negativos.
Para lidar com uma taxa Selic elevada na economia brasileira, diversas medidas podem ser consideradas:
Política Monetária: O Banco Central pode adotar uma política de redução da taxa Selic gradual e cuidadosamente planejada. Isso pode ser feito por meio de cortes graduais na taxa de juros básica, com o objetivo de estimular o investimento e o consumo, incentivando a atividade econômica.
Política Fiscal: O governo pode implementar políticas fiscais expansionistas, aumentando os gastos públicos em investimentos em infraestrutura, programas sociais e outros projetos que estimulem a atividade econômica. Isso pode ajudar a compensar os efeitos negativos da taxa de juros alta na demanda agregada.
Reformas Estruturais: Reformas estruturais para aumentar a eficiência e a competitividade da economia brasileira também podem ajudar a reduzir a dependência das taxas de juros para estimular o crescimento econômico. Isso inclui reformas tributárias, trabalhistas e do mercado financeiro que melhorem o ambiente de negócios e incentivem o investimento privado.
Política Cambial: Uma política cambial adequada pode ajudar a mitigar os efeitos da taxa Selic elevada sobre a economia brasileira. Isso pode envolver intervenções do Banco Central no mercado de câmbio para controlar a valorização excessiva da moeda nacional, o que pode prejudicar a competitividade das exportações e a atividade econômica.
Uma combinação de políticas monetárias, fiscais, estruturais e cambiais é necessária para lidar efetivamente com uma taxa Selic elevada e seus impactos na economia brasileira, estimulando o crescimento econômico sustentável e a estabilidade financeira. É o mínimo que se espera do governo e de sua equipe econômica, principalmente dos integrantes do Banco Central do Brasil.
APITO DE CACHORRO - POLÍTICA DO DOG WHISTLE ALIMENTA ATIVISMO DE EXTREMA DIREITA
Uma mensagem política empregando linguagem em código que parece significar uma coisa para a população em geral, mas tem um significado mais específico e diferente para um subgrupo-alvo. A expressão é a tradução literal do inglês, dog-whistle politics ou o apito de cachorro, e foi acionado por Elon Musk recentemente, após o bilionário perceber que, caso não se posicionasse, seus negócios e empresas no Brasil – a SpaceX, a Starlink e a Tesla – poderiam sofrer perdas grandiosas e globalizadas.
Uma das fornecedoras das empresas de Musk é a brasileira Vale, que vende lítio e níquel. O lítio – metal mais leve que existe -, é considerado o “petróleo branco”. O material é essencial na produção de baterias, energia solar e eólica, além dos carros elétricos. Numa tentativa de proteger seus interesses comerciais, Musk ataca no melhor estilo “dog-whistle politics”: apitou e foi ouvido. Ele agora está usando desse poder comunicacional – que tem com a rede X – para tentar desestabilizar o país e impulsionar seus próprios negócios, pois o que lhe simpatizava já saiu do comando.
Fato semelhante ocorreu na Bolívia, em 2020, quando Elon Musk também se envolveu em uma intromissão com o governo e instituições do país semelhante à que vem sendo feita no Brasil. O tema ficou urgente para o bilionário: neste ano, entrou uma concorrente chinesa no jogo e pode “melar” os negócios dele por aqui.
O Brasil é uma das peças do tabuleiro da guerra comercial, já que virou centro da estratégia global de investimentos da BYD. A empresa anunciou que vai ampliar seus investimentos no país em até 1 bilhão de euros. Em outubro do ano passado, a BYD assumiu a fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia – fechada no governo do ex-presidente Bolsonaro – que pouco ou nada fez para evitar a saída da Ford do país. Agora, a BYD se prepara, e terá capacidade inicial para produzir até 150 mil veículos por ano. Se no Brasil a BYD ganha terreno, o cenário é ainda mais preocupante para Musk no restante do globo.
O apito de cachorro foi dado e apoiadores do então ex-presidente Jair Bolsonaro atenderam ao chamado do bilionário do X e disseram: Vamos entrar nisso… porque, segundo eles, ativistas de extrema direita, de um lado a justiça brasileira está determinando a exclusão de conteúdos envolvendo a disseminação de fake news, ferindo o grupelho de morte; de outro, os Arquivos do Twitter, divulgados pela primeira vez, puseram-se a revelar descaradamente que Alexandre de Moraes e o Tribunal Superior Eleitoral estavam envolvidos em uma clara tentativa de minar a democracia no Brasil. Não deu outra: dog-whistle politics de um lado e o MP do outro e o TCU declarando guerra aos negócios de Elon Musk no país, buscando anular eventuais contratos existentes da Starlink com o governo brasileiro e ainda analisar o bloqueio do X no Brasil.
Algumas das características comuns do ativismo de extrema direita incluem tendência a apoiar líderes fortes e centralizados, muitas vezes desconsiderando as instituições democráticas em favor de um governo autoritário – e era isso que os ditos conservadores no Brasil estavam fazendo (de 2018 a 2022) mas, foram contidos com o pleito eleitoral que deu vitória a um outro Brasil que não apoia a dog-whistle politics.
É importante notar que o conservadorismo não é uma ideologia monolítica, e há uma variedade de perspectivas dentro do espectro conservador, incluindo conservadores sociais, conservadores fiscais e conservadores libertários, cada um com suas próprias ênfases e prioridades políticas. O ativismo de extrema direita é caracterizado por uma série de características e comportamentos que refletem uma visão política radicalizada e, muitas vezes, autoritária.
Embora as especificidades possam variar dependendo do contexto cultural e político, algumas das características comuns do ativismo de extrema direita incluem o nacionalismo extremo. Porém, ele não existe quando o espelho somos nós mesmos, cuja soberania interna do Brasil, por exemplo, é diariamente desafiada pelas facções criminosas que dominam os presídios, territórios urbanos e agora estendem os seus tentáculos à política.
ESTUPIDEZ DAS MASSAS - X DA QUESTÃO RUGIU NO COMBATE À LIBERDADE QUE VIRA LIBERTINAGEM
A polarização política e a intolerância podem minar o diálogo democrático, dificultar a busca de consenso e compromisso e levar à erosão das normas democráticas. Sendo assim, temos uma grande questão: onde traçar a linha entre proteger a liberdade de expressão e garantir a segurança e o bem-estar das pessoas?
Tentar converter uma ou várias pessoas em prol de determinada causa, doutrina, ideologia ou religião são desafios que a democracia brasileira, por pior que seja, enfrenta atualmente.
Os ataques à democracia existem e podem ser traduzidos como tentativas de enfraquecer ou subverter instituições como o Congresso, o Judiciário e as agências de aplicação da lei. Isso representa um risco sério. E quando as ameaças ganham cores vivas e caminham para as vias de fato, aí vira caso de polícia.
As pessoas não podem confundir liberdade com libertarismo, seja do livre pensar ou da forma de se expressar. A liberdade de expressão não é absoluta e pode ser limitada em certas circunstâncias, como quando há incitação à violência, discurso de ódio, difamação, calúnia, ameaças ou violação dos direitos de privacidade de outras pessoas.
Essas restrições variam de acordo com a legislação de cada país e muitas vezes são objeto de debates intensos; como estamos vendo agora entre a rede social X e o Supremo Tribunal Federal Brasileiro, nas personas de Elon Musk e Alexandre de Moraes.
O X é uma rede social que, após mudar de dono, mudou também de viés a forma dos expressantes na timeline de uma internet que já era intolerante. Quem não concordar que nesse debate devemos ser regidos por leis e não por vontades pessoais, sejam elas de Elon Musk ou Alexandre de Moraes, está totalmente parcial no agir; confunde, assim, liberdade com libertarismo e até mesmo libertinagem.
Porém, é importante lembrar que, se não existe lei, o crime se espalha. Mas, onde as leis existem, elas devem ser cumpridas. Tudo respeitando a Constituição no que tange à proteção da liberdade de expressão e associação, vedado o anonimato.
Lembrando o filósofo controvertido François-Marie d’Arouet, que ficou para a História como Voltaire: “Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o direito de dizê-lo.” Essa citação a ele atribuída, mesmo que o pensador iluminista provavelmente nunca a tenha dito, sumariza do que se trata a luta em favor da liberdade de expressão.
Mas, quem disse a frase de Voltaire? A verdadeira autora da manifestação “voltairiana” é a escritora inglesa Evelyn Beatrice Hall, que, com o pseudônimo S.G. Tallentyre, escreveu a biografia do pensador francês chamada “Os amigos de Voltaire”.
A liberdade é um navio. Porém, não é mais o mesmo navio. Isso porque ela, que parece verdadeira, é, na realidade, falsa. Pois depende da identidade das partes que a compõem. Ou seja, deve haver igualdade entre as partes. Caso contrário, se não existe uma condição da identidade das partes que a compõem, torna-se somente em mais uma estupidez das massas dos amigos de Lula, de Bolsonaro, de Musk ou de Moraes.
A identidade é o que nos torna a pessoa que somos e, às vezes, a melhor explicação é que não há explicação. Então as pessoas devem se libertar de seus princípios dogmáticos e de leis irracionais. Não fosse assim, continuaremos a adorar o falso conhecimento daqueles que reverenciamos como “ídolos”, seja da tribo, da caverna, do mercado ou do teatro que vivemos, na falsa noção de liberdade ou do dilema do prisioneiro, onde a liberdade se encontra com o arbítrio. Até porque, em temos de fake news, as palavras costumam nos confundir mais do que esclarecer.