JOGO POLÍTICO - SUCESSÃO ESTÁ LONGE, MAS PODE SER DECIDIDA NA ‘PORRINHA’

É sabido que quando as pessoas unem forças, se tornam capazes de realizações que, contando apenas com a força individual, seriam impossíveis. Porém, mesmo assim, as pessoas têm dificuldade de se congregar.
Jogadores de porrinha da política candanga já fazem suas apostas e dão spoiler de possíveis movimentações no tabuleiro da sucessão de Ibaneis Rocha. O PL expressou interesse em posicionar Izalci Lucas como vice na chapa liderada por Celina Leão, visando consolidar apoio e fortalecer candidaturas com forte viés ideológico de direita.
Porém, a distribuição do poder pensada por Ibaneis Rocha – que está deixando a cadeira maior e a caneta mais carregada de tinta do Buriti – envolve outros coadjuvantes para o seu projeto político a partir de agora e tem parada obrigatória no MDB, PP e União Brasil para influenciar alianças e consolidação da engenharia política a ser aplicada para as eleições de 2026.
A direita quer emplacar os seus. Mas a esquerda também quer. Existem dois lados, tanto da direita quanto da esquerda que também fazem suas apostas jogando seus palitos na roda do jogo da política. O aparecimento de José Dirceu – pedindo anistia pelo seu passado na Casa Civil do Governo Federal – onde muitos ainda o reconhecem como cacique petista, já ventila sua ambição por uma vaga na Câmara dos Deputados junto com Erika Kokay, atual deputada federal pelo PT candango, numa possível ascensão ao Senado – que vai ter duas cadeiras disponíveis no DF para serem ocupadas em 2026.
Todas essas movimentações estão mais para a dinâmica do jogo da barata, onde o jogador sacode os dados e os joga em cima da mesa para somar a quantidade de faces “1” que conseguiu. Cada soma de pontos equivale a um pedaço do desenho que definirá o poder em movimento no Distrito Federal.
Moldar o futuro do quadro político local não é tão fácil assim. E não pode ser definido num simples jogo de porrinha – onde todo jogador escolhe o número de palitos que vai usar. Quando nenhum palito é usado se chama lona. Isso nenhum dos partidos quer: ser levado à lona. Já estamos vendo que ninguém quer deixar de entrar nessa roda.
A roda gira e o primeiro a tentar adivinhar o número de palitos em jogo vira o último na rodada seguinte. Ganha aquele que acertar o total de palitos na rodada. O último paga a conta. Na nossa alegoria já fica evidente que, quem vai pagar essa conta, será o povo. O eleitor que vai colocar seu voto na urna em 2026 precisa fazer reflexões sobre o fortalecimento da cultura da mordomia que muitos dos que ai estão postos querem somente é continuar no bem bom do poder enquanto os serviços públicos carecem de gestores competentes.
O certo é que nesse jogo, há pessoas que merecem ser ajudadas e até mesmo eleitas. Outras, no entanto, precisam de distância. Nenhuma estrada segue reta o tempo todo e, até 2026, ainda tem um longo caminho a ser percorrido para os que querem os cargos e as mordomias do poder.


NEM MAIS, NEM MENOS NOVO PARTIDO CHEGA COM TREJEITOS DA VELHA POLÍTICA

Com um olho no peixe e outro no gato, o PRD-DF quer – além de ser conhecido como Partido da Renovação Democrática -, encontrar um bom termo para propor uma alternativa política para a capital da República sem precisar pedir benção ao governador Ibaneis Rocha.
A proposta é desafiadora diante do fato de que sua origem se confunde com o objetivo de sua própria existência – que é a mesma de todas as outras agremiações partidárias existentes no país: recursos do Fundo Partidário e tempo de rádio e televisão para garantir musculatura política local e nacional.
Na última semana, políticos sem mandato, deputados distritais eleitos (mas sem partido), ex – parlamentares e até a vice-governadora Celina Leão uniram forças para assumir o comando da legenda. A disputa foi intensa, a movimentação começou desde a última eleição e culminou, em novembro de 2023, com a fusão do PTB com o Patriota. Surgiu daí o PRD, antes pensado, de acordo com seu estatuto, como partido ‘Mais Brasil’. O número é o 25, herdado do falecido DEM, integrando mais uma salada partidária.
Para dar a musculatura política, o PRD tem o deputado distrital Rogério Morro da Cruz, atualmente sem partido, mas que foi eleito pelo falecido PMN. Ele é a principal estrela da legenda. Entre suas bandeiras destacam-se prioridades para o seu mandato na Câmara Legislativa, como a regularização fundiária. Rogério quer fazer um mandato que não fique só no discurso, mas na prática. Para isso, ele criou na Câmara Legislativa a Frente Parlamentar da Regularização Fundiária Urbana e Rural. O presidente, claro, é o próprio Morro da Cruz. Seu tipo é meio camaleão. Da base governista de Ibaneis, nem por isso deixa de ser pupilo futurista de candidatos a substituir o atual ocupante da cadeira do Palácio do Buriti.
Um fato, antes dos novos tempos, é que nas eleições gerais de 2022, 16 partidos não alcançaram a meta da barreira fixada pela legislação eleitoral – 7 partidos até conseguiram eleger deputados federais. Mas o número não foi suficiente para alcançar o critério de desempenho fixado pela legislação.
Os partidos políticos que não conseguiram ultrapassar a cláusula de barreira em 2022 são Avante, PSC, Solidariedade, Patriota, PTB, Novo e Pros. Outras legendas partidárias como Agir, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSTU e UP sequer tiveram parlamentares eleitos.
O PRD, já foi dito, é fruto da fusão do PTB e Patriotas. Os dois partidos não atingiram a cláusula de desempenho nas eleições de 2022, mas boa parte de sua executiva provisória, na capital, é oriunda do PMN, que no pleito passado garantiu a vaga de Rogério Morro da Cruz.
Dos 28 partidos e federações que disputaram o último pleito, apenas 12 conseguiram alcançar a cláusula de desempenho fixada pela Emenda Constitucional 97, de 2017. Nos próximos quatro anos, somente essas 12 legendas – o grande objetivo dos caciques das legendas é esse, e não mais nenhum outro – vão poder receber dinheiro do Fundo Partidário e usar o tempo de propaganda gratuita de rádio e televisão.
De acordo com a Emenda Constitucional 97, só podem ter acesso aos recursos do Fundo Partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que alcançarem um dos seguintes critérios de desempenho:
– Eleição de pelo menos 11 deputados federais, distribuídos em pelo menos 9 unidades da Federação; ou
– Obtenção de, no mínimo, 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos 9 unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada um deles.
A cláusula de desempenho passou a ser aplicada a partir das eleições gerais de 2018 e será reajustada de forma escalonada em todos os pleitos federais até atingir o ápice nas eleições gerais de 2030. Na ocasião, só terão direito a recursos do Fundo Partidário e ao tempo de rádio e televisão os partidos políticos que:
– Elejam pelo menos 15 deputados federais, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação; ou
– Obtenham, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% dos votos válidos em cada uma delas.
Os 16 partidos que não atingiram a cláusula de barreira continuam a existir, embora não recebam mais suporte financeiro de origem pública desde fevereiro de 2023. Para evitar essa restrição, esses partidos usufruem de algumas alternativas, como recorrer a fusão, incorporação ou federação com legendas que obtiveram melhor desempenho nas urnas – e foi isso que o PTB e o Patriota fizeram para criar o PRD.
No Distrito Federal, o deputado distrital Morro da Cruz, eleito pelo PMN, conseguiu o direito de desfiliação pelo fato desse partido não ter atingido a cláusula de barreira. Agora, em festa na capital, Rogério é a nova estrela política do PRD e já tem uma barreira a vencer, que é a meta da executiva da legenda, ou seja, a de propor uma alternativa política para o Distrito Federal sem precisar pedir benção a Ibaneis Rocha ou quem vier a sucedê-lo.
O fato é que, sem dinheiro, sem recursos do Fundo Partidário, sem tempo de rádio e televisão; dificilmente se ganha uma eleição. Seja ela para que cargo for. E como política é como nuvem, que muda a cada instante, quem viver, verá.


Padrão Brasil de Qualidade em Saúde e Bem-estar Animal

16 Estados brasileiros e o Distrito Federal como áreas livres de febre aftosa sem vacinação representa um marco significativo para a pecuária nacional e a segurança alimentar.
A febre aftosa é uma doença que afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos. Os prejuízos diretos e indiretos ocasionados pela doença, bem como as limitações à comercialização de produtos pecuários, exigem dos produtores rurais e das autoridades sanitárias um constante esforço para prevenir a doença e proporcionar condições para sua erradicação.
O reconhecimento pelo Ministério da Agricultura de 16 Estados brasileiros e do Distrito Federal como áreas livres de febre aftosa sem vacinação representa um marco significativo para a pecuária nacional e a segurança alimentar. A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa que afeta bovinos, suínos, ovinos e caprinos, causando sérios prejuízos econômicos e sanitários. A certificação dessas áreas como livres da doença sem a necessidade de vacinação é fruto de um intenso trabalho de vigilância sanitária, controle de transporte de animais e investimentos em infraestrutura, garantindo a qualidade e competitividade dos produtos pecuários brasileiros nos mercados internacionais.
Os Estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal estão reconhecidos como áreas livres de febre aftosa sem vacinação a partir de 02 de maio.
A ausência de vacinação contra a febre aftosa nas regiões reconhecidas como livres da doença não apenas simplifica os processos de produção, mas também fortalece a adição do sistema de defesa agropecuária do país. Isso possibilita a abertura de novos mercados para exportação, uma vez que muitos países excluem garantias sanitárias robustas para importação de produtos de origem animal. Além disso, a conquista desse status reforça a imagem do Brasil como um fornecedor confiável de alimentos, promovendo o crescimento econômico e a geração de empregos no setor agropecuário.
Por fim, a concessão do status de área livre de febre aftosa sem vacinação reflete o compromisso do Brasil com os mais altos padrões de sanidade animal, contribuindo para a proteção da saúde pública e a preservação do meio ambiente. A erradicação da doença em grandes extensões territoriais não apenas reduz os riscos de surtos e epidemias, mas também permite a implementação de práticas mais sustentáveis de manejo e produção animal. Assim, a consolidação dessas áreas livres de febre aftosa representa um avanço significativo para a pecuária brasileira, consolidando-a como uma referência global em segurança e qualidade alimentar.
Além disso, a certificação das áreas livres de febre aftosa sem vacinação representa um avanço para a sustentabilidade ambiental, uma vez que permite a implementação de práticas de manejo mais eficientes, reduzindo a necessidade de uso de insumos químicos e contribuindo para a preservação dos ecossistemas naturais.
Essa conquista é um testemunho do compromisso do Brasil com os mais altos padrões de saúde animal e bem-estar, consolidando sua posição como um dos líderes mundiais na produção agropecuária responsável e sustentável.


PETROBRAS - “O que é, é o que foi do que será” ?!

O dominó da Economia e a interligação entre a Política e o Mercado Financeiro levou a Petrobras a perder R$ 55 bi em um dia.

Ao fazer intervenção sobre os dividendos da Petrobras – mesmo sem entender ou possuir um sentido claro dessa tentativa de interconexão, afirmando que "não é correto" a Petrobras querer distribuir R$ 80 bilhões em dividendos, quando esse valor poderia ser limitado a R$ 45 bilhões e, ao dizer que a Petrobras "tem que pensar o investimento é em 200 milhões de brasileiros que são donos ou sócios dessa empresa" -, Lula afeta tudo e mais alguma coisa. Ao contrário de uma grande greve de funcionários de uma empresa que pode criar benefícios não merecidos aos seus concorrentes. O Presidente perdeu o seu ozônio político e causou radiação ultravioleta no seu governo ao invés de filtrar o que disse sobre a Petrobras ficar presa à “choradeira do mercado”.

Antes disso, a Petrobras tinha divulgado o resultado de seu primeiro ano sob o comando do governo Lula III: lucro de R$ 124,6 bilhões em 2023. O número dividiu opiniões…

De um lado (governo), a divulgação foi comemorada por ser o segundo maior lucro da história da empresa — perdendo só para 2022;

Do outro (mercado), o resultado foi criticado por representar um valor 33% menor do que o ano anterior e, como, só chora quem não mama...

Cai sobre Lula, após suas falas interventivas, que ele barrou o pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas, defendendo que os recursos destinados a dividendos sejam aplicados em investimentos (não disse quais, ainda!). Pode isso Arnaldo?! Pode. A regra é clara. Diria o famoso arbitro de futebol brasileiro.

UNIÃO FEDERAL, BNDES e BNDESPAR, juntos, possuem 68% das ações da Petrobras – são controladores da Empresa. É o Governo Federal o maior acionista da empresa e que recebe a maior fatia dos dividendos. Para quê? Obviamente que é para investir no país (para os 200 milhões de brasileiros – aos quais Lula vem se referindo) ou para reinvestir na própria Petrobras. O Governo, como controlador (e Gestor) da empresa (juntamente com seu conselho de Administração), decidem o que fazer.

Lula foi induzido ao erro (de defender a retenção integral dos dividendos) pelo Ministério das Minas e Energia, comandado por Alexandre Silveira ou é somente por conta dos investimentos que quer fazer em ano eleitoral?!

Lula, como um bom investidor do Mercado Político é um péssimo político do Mercado Financeiro. Como bem disse Lao Tsé: “O que é, é o que foi do que será”.

Isso porque, na divulgação de candidaturas e contas eleitorais, em 2022, Lula declarou R$7.423.725,78 total em Bens. Desse montante, R$5.570.798,99 são aplicações VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre – que é uma das modalidades de plano previdenciário privado adotada no Brasil. O VGBL é um seguro de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência. A rigor, o VGBL não é um plano de previdência complementar, pois se enquadra no ramo de seguro de pessoas e, cuja principal característica é a ausência de rentabilidade mínima garantida durante a fase de acumulação dos recursos ou período de diferimento, sendo a rentabilidade da provisão idêntica à rentabilidade do fundo onde os recursos estão aplicados.

É bom que Lula entenda que, dividendos — é a parcela do lucro de uma empresa que é distribuída entre os acionistas (investidores dela). No caso da estatal Petrobras, presume-se o que ela entrega de dividendos ao Governo, seu Controlador, que serão erradicados a pobreza, o analfabetismo, a violência contra a mulher e o abuso de crianças.

Jean Paul Prates sabe que a voz do mercado falou mais alto. No final da semana, quando a Bolsa fechou pela primeira vez depois do anúncio da retenção dos dividendos - as ações da Petrobras caíram mais de 10%, perdendo R$ 55 bilhões em valor de mercado num único dia. A queda brusca aconteceu por uma expectativa frustrada do mercado sobre as falas do Governo e seus interlocutores com o mercado.

Os dividendos extraordinários eram esperados, com R$ 20 bilhões distribuídos no 4º trimestre. Mas a Petrobras optou pelo mínimo possível: R$ 14 bilhões. No ano passado inteiro, os dividendos pagos somaram + R$ 70 bi — ou seja, os outros cerca de R$ 50 bi ficarão como reserva de caixa. A principal queixa é de uma falta de clareza sobre a divisão dos dividendos.

O mercado até teve um momento de esperança com as falas de Jean Paul Prates envolvendo os dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4). O CEO da empresa estatal levantou que a possibilidade de distribuição de 50% dos dividendos extraordinários não está totalmente descartada, podendo ocorrer em caso de aprovação na assembleia de acionistas prevista para abril.

Diante disso, Lula voltou a criticar a política de preços da Petrobras e a atuação do presidente da empresa, Jean-Paul Prats, o que gerou incertezas e acabou azedando o humor dos investidores.

E, em entrevista ao SBT, o presidente da República afirmou que a estatal não tem de pensar somente nos acionistas. Na esteira do chefe, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “em momento oportuno” o conselho de administração da Petrobras pode avaliar distribuir dividendos extraordinários. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a Petrobras vai analisar conveniência de quando distribuir seus dividendos extraordinários. Ficando assim, claramente, exposto o dominó da Economia e a interligação entre a Política e o Mercado Financeiro que levou a Petrobras a perder R$ 55 bi em um dia.

Quanto mais você estuda o ambiente de negócios, mais se torna óbvio e intuitivamente plausível que “Tudo afeta tudo e mais alguma coisa”. Todo o mundo faz negócios com alguém, e o que afetar alguém terá um efeito dominó sobre alguém mais. Possuir um sentido claro dessa interconexão pode ajudar a interpretar (e enfrentar) um dos vários rinocerontes cinzas que estão a mirar o Governo Lula III e a traçar as sequencias de causa e efeito que eventualmente atingem os 200 milhões de brasileiros e o empreendimento maior, chamado Brasil.

 


VERDADE E PODER NO ROUBO DO CABRITO DO SEU BENEDITO

Roubaram o cabrito do seu Benedito na escolha para a presidência das Comissões Permanentes na Câmara Federal. E tudo é culpa da ideologia.

A ideologia está sempre em oposição a alguma coisa que seria a verdade. As vezes dissimulada e escondida sob o manto libertário, nem sempre é um problema politicamente sem importância. Ora, creio que o problema não é de se fazer a partilha (no campo político) entre o que num discurso releva da verdade e o que relevaria de outra coisa, por exemplo, cargos relevantes nas comissões permanentes do parlamento brasileiro, especificamente, a Câmara Federal que, recentemente teve 19 das suas 30 comissões permanentes, entre acordos e cedições, escolhidos (e eleitos) seus presidentes, em 06 de março de 2024. As demais (11), que faltam, serão escolhidas suas presidências na próxima semana – devidamente acordadas a entrega de seus comandos aos partidos na casa do povo.

As comissões permanentes da Câmara dos Deputados, no contexto do sistema legislativo brasileiro, desempenham um papel crucial no processo legislativo e na fiscalização do Poder Executivo. Essas comissões são órgãos técnicos especializados que têm como objetivo analisar, discutir e votar propostas de leis, além de acompanhar e fiscalizar as ações do governo. Em resumo – depois de roubarem o cabrito do seu Benedito -, as comissões permanentes da Câmara Federal desempenham um papel fundamental no sistema democrático brasileiro, promovendo a eficiência do processo legislativo, a fiscalização do Executivo e a produção de legislação de qualidade.

Voltemos a coisas mais precisas, de importância disputada no campo separatista ideológico que o Brasil se meteu – polarizado – que, há quase uma década, patina nesse chacoalhar da “verdade/poder” e de quem roubou o cabrito de seu Benedito.

O importante, creio, é que a verdade não existe fora do poder ou sem o poder (não é – não obstante um mito, de que seria necessário esclarecer a história e as funções – a recompensa dos espíritos livres, o filho das longas solidões, o privilégio daqueles que souberam se libertar). A verdade (já dizia o Filósofo Foucault) é deste mundo. Ela é produzida nele graças a múltiplas coerções e nele produz efeitos regulamentados de poder. Cada sociedade tem seu regime de verdade, sua “política geral” de verdade: isto é, os tipos de discurso que ela acolhe e faz funcionar como verdadeiros; os mecanismos e as instâncias que permitem distinguir os enunciados verdadeiros dos falsos, a maneira como se sanciona uns e outros; as técnicas e os procedimentos que são valorizados para a obtenção da verdade; o estatuto daqueles que tem o encargo de dizer o que funciona como verdadeiro.

E foi, com esse tipo de discurso de verdade e poder, que, em torno de 20% das comissões permanentes – as principais - da Câmara Federal serão comandadas pelo Partido Liberal de Waldemar da Costa Neto e do Ex-presidente Bolsonaro. Esses Benedictus, juntos, irão comandar e poderão ditar os rumos do país no parlamento, através das presidências das Comissões Permanentes de: Previdência, Educação, Segurança Pública, Esportes e, a mais cobiçada pelos partidos – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

Debates que irão acontecer desde a assistência social em geral, inclusive a proteção à maternidade, à infância, à adolescência e à família; à política e sistema educacional, em seus aspectos institucionais, estruturais, funcionais e legais; direito à educação; e recursos humanos e financeiros; passando em análise (e revista), o controle e comercialização de armas (pautas que os bolsonaristas ovulam só em pensar) indo até do sistema desportivo nacional e sua organização à política e ao plano nacional de educação física e desportiva; a normas gerais sobre desporto; e à justiça desportiva. Ou seja, o que há de debate político sobre grandes temas nacionais será pautado a continuidade ou decisão de frear soluções nas mãos de parlamentares bolsonaristas (em tese).

E ainda, tradicionalmente, a comissão mais disputada pelos partidos, a CCJeC – Constituição, Justiça e Cidadania – que analisa os aspectos constitucional, legal, jurídico, regimental e de técnica legislativa de todos os projetos que passam pela Câmara, bem como de emendas ou substitutivos - analisando a admissibilidade de proposta de emenda à Constituição; no mérito, a CCJeC analisa assuntos de natureza jurídica ou constitucional e responde consultas feitas pelo presidente da Câmara, pelo Plenário ou por outra comissão sobre esses temas – também será presidida por uma bolsonarista, a deputada Caroline de Toni (PL-SP). Na Câmara, Caroline, é vice-líder de seu partido PL desde 2019, foi vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara e foi vice-líder da Minoria no ano passado. Também foi 3ª vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (2019-2020).

Minha hipótese é que verdade e poder esteve, desde sua origem, ligada a um projeto de transformação dos indivíduos e, habitualmente, a força de uma ideologia política é um fenômeno complexo e dinâmico, moldado por uma interação complexa de fatores. O que pode ser mais forte em um determinado contexto pode não ser o mesmo em outro. É importante considerar uma variedade de fatores ao analisar a força de uma ideologia política em um determinado lugar e tempo. Havendo assim, correlação entre os dois processos (verdade e poder), mas não uma correlação absoluta. Vide as eleições gerais de 2022 e a escolha para a presidência das Comissões Permanentes na Câmara Federal em 2024.


OS DESAFIOS DE LIDAR COM O ENVELHECIMENTO DOS PAIS

“Quero lhe contar como eu vivi, E tudo o que aconteceu comigo” ... – esse é um dos versos que compõe uma das músicas mais lindas, já cantadas por Belchior e Elis Regina.

Mas, aceitar e lidar com as mudanças físicas, emocionais e de papel que ocorrem com o envelhecimento pode ser um desafio enorme para pais e filhos. Encarar o declínio e a finitude da vida de alguém nos faz refletir sobre a nossa própria vida, valores e sobre como queremos ser cuidados na nossa velhice.
⁠O número de pessoas com mais de 60 anos passou de 20,5 milhões no Censo de 2010 para 32,1 milhões no mesmo levantamento em 2022 – um crescimento de 56% em pouco mais de uma década.⁠
E as estimativas apontam que a população de idosos deve se tornar ainda maior ao longo das próximas décadas.⁠

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram a tendência de que o brasileiro deve viver cada vez mais: a expectativa de vida, que era de 69,8 anos no início dos anos 2000, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), hoje é de 75,5 anos.⁠
Isso não só aumenta o período em que as pessoas podem precisar de auxílio, mas também torna mais comum que filhos acompanhem diferentes fases do envelhecimento dos pais.⁠
Um dos principais desafios e motivos de atrito está nos papéis que pais e filhos assumem nessa fase da vida, apontam especialistas, ⁠ às vezes, pode ser difícil para os pais e filhos se comunicarem efetivamente sobre questões sensíveis relacionadas ao envelhecimento, como cuidados de saúde, finanças e moradia.

De um lado, os filhos podem enxergar uma pessoa fragilizada, adoecida e que precisa de cuidados e limitações e tentam proteger seus pais e fazer com que não se exponham a riscos.⁠ Cuidar dos pais idosos muitas vezes exige uma dedicação significativa de tempo e energia. Isso pode criar desafios para os filhos em equilibrar suas responsabilidades de cuidado com suas próprias vidas pessoais e profissionais.
E, também, do outro lado, há uma pessoa que não quer perder sua autonomia e que pode até perceber que precisa de cuidados, mas tem dificuldade de aceitar isso.⁠

É importante abordar esses desafios com empatia, paciência, muito amor e compreensão.


BORA INVESTIR, MERMÃO!

A principal bolsa de valores do Brasil é a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), que está localizada em São Paulo. A B3 é a fusão entre a BM&F Bovespa e a CETIP, e é responsável por grande parte das operações do mercado financeiro no país, incluindo a negociação de ações, contratos futuros, opções, entre outros ativos.
Há muito tempo vem-se tendo um burburinho no mercado financeiro de que o Mubadala Capital, fundo soberano dos Emirados Árabes, querem abrir uma bolsa de valores no Rio de Janeiro (Brasil) até o segundo semestre de 2025. Caso essa pretensão se concretize, a criação de uma nova bolsa de valores por parte da Mubadala Capital seria um desenvolvimento significativo no cenário financeiro brasileiro. Isso poderia potencialmente impactar a concorrência no mercado de capitais, trazendo novas oportunidades e desafios.

A ideia é que a Bolsa carioca concorra com a B3 de São Paulo — a única do país — e opere em todos os mercados, de ações a derivativos e câmbio.
A Bolsa do Rio (que foi criada há mais de 2 séculos – e está falida a mais de 30 anos) era a mais antiga do país, fundada em 1820, mas quebrou em 1989 e foi incorporada pela bolsa paulista no começo dos anos 2000.

Sobre a pretensão do fundo Mubadala Capital que é uma das divisões da Mubadala Investment Company, uma empresa de investimentos de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos e foi estabelecida para gerenciar uma variedade de investimentos, muitos dos quais estão fora dos setores tradicionais de petróleo e gás. A Mubadala Investment Company é uma empresa de investimentos soberanos, ou seja, é controlada pelo governo de Abu Dhabi. Ela tem uma carteira diversificada que abrange setores como energia, tecnologia, imóveis, indústria, saúde, entretenimento e muitos outros.

Para avaliar se a criação de uma nova bolsa de valores no Rio de Janeiro é uma boa ideia, é importante considerar vários fatores, tais como:

Necessidade do Mercado: Analisar se há uma demanda significativa por outra bolsa de valores, considerando a existência da já estabelecida no país.

Infraestrutura: Avaliar a infraestrutura disponível para garantir o bom funcionamento da bolsa, incluindo sistemas de negociação, tecnologia e regulamentação.

Apoio Institucional: Verificar se há apoio institucional e regulatório para a criação da nova bolsa, incluindo a participação de órgãos reguladores e a confiança do mercado.

Atratividade para Investidores: Analisar se a nova bolsa oferece diferenciais que possam atrair investidores, como novos instrumentos financeiros, maior eficiência operacional ou inovações tecnológicas.

Impacto Econômico: Considerar o possível impacto econômico da nova bolsa no cenário local, incluindo a criação de empregos, geração de receitas e contribuição para o desenvolvimento do mercado financeiro.

Riscos e Desafios: Identificar e avaliar os possíveis desafios e riscos associados à criação da nova bolsa, como a competição com bolsas já estabelecidas, volatilidade do mercado e questões regulatórias.

É essencial que haja uma análise cuidadosa de todos esses aspectos antes de se determinar se a criação de uma nova bolsa de valores no Rio de Janeiro é uma boa ideia.

Caso a Bolsa do Rio retornasse, o que mudaria? Na prática, empresas teriam mais uma opção para oferecer ações e os investidores ganhariam uma alternativa para negociar em mais de um mercado.
É comum que um país tenha mais de uma bolsa. Nos EUA, por exemplo, são três. A NYSE (empresas mais valiosas do mundo), a Nasdaq (tecnologia) e a CME (voltada aos derivativos).

No mais, teríamos uma bela concorrência entre os Faria limers X Lebloners e um chamado: BORA INVESTIR, MERMÃO!


REFORMA ELEITORAL – PEQUENA BARULHENTA

A grande discussão política no momento - no Congresso Nacional (Senado e Câmara Federal) é o projeto que quer acabar com a reeleição e implementar um mandato fixo para todos os políticos que ocupam cargos no Executivo.
Essa intenção é antiga e sempre volta aos debates no parlamento, vai que cola, né!
Se a proposta for aprovada, o presidente da República, os governadores e prefeitos vão ficar no poder em um mandato de 5 anos, mas sem poder se reeleger.
O texto tem força no Senado, com o presidente, Rodrigo Pacheco, colocando como uma prioridade votar o projeto até a metade do ano.
Governadores e possíveis candidatos à Presidência também apoiam a ideia.
Voltando um pouco na história…
No Brasil, candidatos aos cargos no Poder Executivo (Presidente, Governador, Prefeito) passaram a poder serem reeleitos a partir de 1997, quando Fernando Henrique Cardoso (FHC), então presidente em exercício, espertamente, conseguiu aprovar a mudança (no mesmo Congresso que agora quer a exclusão do instituto da reeleição) e se reelegeu para mais 4 anos de mandato - de 1997 a 2002.
Acontece que, em 2020, o próprio ex-presidente FHC fez um mea culpa e disse que considera ter sido um erro de sua gestão.
Desejo antigo. De lá pra cá, pelo menos 57 propostas tentaram acabar com a possibilidade de reeleição. Nenhuma obteve êxito.
Apesar de ter recebido apoio do presidente do senado, Rodrigo Pacheco, e do projeto ter mais força agora – o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, e o Centrão, não gostam da ideia — o apoio deles é fundamental para o texto ser aprovado.
A reforma eleitoral – bem pequena, mas promete barulho – registre-se, ainda quer quarentena obrigatória de 4 anos para juízes e militares que quiserem concorrer. Mesmo se for aprovada em 2024, a mudança só terá validade a partir de 2026.


BRASIL E O "PIBÃO"DA VEZ

Com o PIB fechando o ano em alta de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões. Brasil teve o 7⁰ maior crescimento do mundo em 2023, à frente de EUA, Europa, Canadá, Japão e Coreia do Sul! Nas Américas, só perdeu para o México. E teve recorde. A atividade Agropecuária cresceu 15,1% de 2022 para 2023. Os setores da Indústria (1,6%) e de Serviços (2,4%) também avançaram!

Com esse resultado, o Brasil permanece entre as 10 maiores economias do mundo, com base no Produto Interno Bruto (PIB). O desempenho da balança comercial brasileira em nível de exportação, cresceu dez vezes mais que a média mundial. Enquanto no comércio exterior como um todo, o volume cresceu 0,8%, no Brasil cresceu em volume 8,5%. Representando dez vezes mais em termos de volume de exportação que a média mundial.

O crescimento da economia traz mais empregos, aumento da renda e melhora na qualidade de vida. O desempenho fez o Brasil ocupar a 9ª colocação entre os 54 países analisados pela Austin Rating, com PIB de US$ 2,17 trilhões no ano passado, conforme estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O crescimento deixou o país à frente do Canada, Rússia, Coreia do Sul e Austrália.

Confira a lista:

Estados Unidos – US$ 26,94 tri
China – US$ 17,70 tri
Alemanha – US$ 4,42 tri
Japão – US$ 4,23 tri
Índia – US$ 3,73 tri
Reino Unido – US$ 3,33 tri
França – US$ 3,04 tri
Itália – US$ 2,18 tri
Brasil – US$ 2,17 tri
Canadá – US$ 2,11 tri
Rússia – US$ 1,86 tri
México – US$ 1,81 tri
Coreia do Sul – US$ 1,70 tri
Austrália – US$ 1,68 tri
Espanha – US$ 1,58 tri

O resultado representa a volta do Brasil entre as 10 maiores economias do mundo após deixar o grupo em 2020, quando caiu para a 12ª posição. Em 2022, o Brasil estava no 11º lugar, com PIB de US$ 1,91 trilhão.


ESQUADRÃO DE AÇO NÃO BRINCA NA BAHIA: SE VENDER EU COMPRO!

Como o novo “figurão” do nordeste pretende fechar o portal do inferno dos tricolores soteropolitanos.

Quem nasce em Salvador é soteropolitano. Essa forma adjetiva provém de Soterópolis - uma antiga cidade grega, erigida por seu imperador chamado Sotero. Sotero, em latim, é mesmo que Salvador.

Para entender o tamanho da representatividade, precisamos adentrar na alma do torcedor do Esporte Clube Bahia…

Pra começar: “Se um dia eu chorei, hoje não me lembro o porquê” É nesse clima de felicidade — com uma dose de alívio também — que os tricolores soteropolitanos estão neste exato momento com a possibilidade de mais um reforço de peso integrar o plantel do clube em 2024.
Se tem um time do Nordeste que, após a onda de transformação dos clubes de futebol em SAF, vem fazendo valer esse novo momento, esse time é o Bahia. E já está tirando o sossego dos cartolas do sul-sudeste. O ESQUADRÃO DE AÇO – como é conhecido o Bahia pelos torcedores – vem agora ser o novo “figurão” do pedaço. Já contratou Éverton Ribeiro (ex-Flamengo), que hoje veste a camisa 10 do tricolor baiano e, se depender do Grupo City – hoje dono do Bahia; o próximo a ser comprado do rubro-negro carioca é o atacante do Flamengo Gabigol.

O atacante da Gávea, com a chegada do técnico Tite, está tendo dificuldades de renovação do seu contrato com o rubro-negro carioca e, parece escanteado no ninho do urubu. O contrato de Gabigol com o Flamengo vence em dezembro. Até agora a diretoria do clube não mandou nenhum sinal de fumaça tranquilizante para o artilheiro Rubro-Negro da Gávea que, em épocas douradas, todo dia tinha “gol do Gabigol”.

O Bahia quer um “homem de referência” no ataque para eternizar seu nome no brasileirão que se aproxima. Tá na expectativa e aguardando a sinalização do Flamengo sobre a venda do atacante. “Se vender eu compro!” essa é a intenção do Grupo City e do Bahia.
Mas, e o que pensa os torcedores?

Do Bahia: “se vier será bem-vindo!” diz Ricardo, torcedor do Esquadrão e animado com a notícia da contratação de reforço para o baêa.

Já os torcedores do Rubro-Negro da Gávea não são unanimes nos seus sentimentos para com a saída de um dos seus melhores artilheiros em tempos áureos: “não desmerecendo ele, fez muito pelo flamengo, mas tudo tem seu tempo e o tempo dele já foi”; disse o torcedor Leandro que reconhece os tempos de ouro quando todo dia tinha Gol do Gabigol.

“Os times do Nordeste estão se fortalecendo bem!” É a opinião de um flamenguista raiz, Eugenio, que vê, na possibilidade da ida do artilheiro para o esquadrão de aço – uma renovação e fortalecimento dos clubes de futebol no Nordeste. Uma necessidade da região.

"O Gabigol ainda tem potencial, mas parece que o ciclo dele no Flamengo acabou ou está acabando, ele não é mais o mesmo dos últimos 4, 5 anos quando veio do Santos"; lembra Laerte, outro torcedor do Rubro-Negro da Gávea que "ainda acredita que o artilheiro tem futebol pra isso, mas pode ser que no caso dele, Gabigol, em outra equipe o rendimento seja melhor... lembrando que o Bahia já tem Everton Ribeiro (ex-Fla) vestindo a camisa 10 e,  já estando lá, de repente, ainda rola uma boa dupla, um que joga na 'meiúca' e mais o outro atacante,... lembrando o Mengão de Jorge Jesus", diz o saudosista Laerte.

E tudo indica que, se depender do Bahia, Gabigol vai sim fazer parte do elenco no fortalecimento do Esquadrão de Aço. Ficamos na torcida e de olho na movimentação do mercado da bola.

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João Moura é professor e filósofo. Divide sua paixão pelo futebol, como todo brasileiro, entre Botafogo e Bahia - sem trocadilho.